Taxas ‘pay-to-pay’ de cobradores de dívidas ‘muitas vezes ilegais’: agência de vigilância
Anchiy | E+ | Imagens Getty
Certas taxas “lixo” frequentemente cobradas por cobradores de dívidas são ilegais sob a lei federal, disse o Departamento de Proteção Financeira do Consumidor na quarta-feira.
Os cobradores de dívidas cobram as chamadas taxas “pay-to-pay”, também conhecidas como taxas de conveniência, quando os consumidores fazem um pagamento on-line ou por telefone, de acordo com a agência federal.
Essas taxas violam a Lei de Práticas de Cobrança Justa de Dívidas quando não são “expressamente autorizadas pelo acordo que cria a dívida” ou nos casos em que não são “expressamente autorizadas por lei”, disse a CFPB em parecer consultivo.
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“A lei federal geralmente proíbe os cobradores de dívidas de impor taxas extras não autorizadas pelo empréstimo original”, disse o diretor do CFPB, Rohit Chopra. disse quarta-feira em uma declaração por escrito. “A opinião consultiva de hoje mostra que essas taxas geralmente são ilegais e fornece um roteiro sobre as taxas que um cobrador de dívidas pode cobrar legalmente”.
A Lei de Proteção Financeira do Consumidor transferiu a responsabilidade principal pela Lei de Práticas Justas de Cobrança de Dívidas, incluindo a emissão de regulamentos e garantia de conformidade, para o CFPB em 2010, de acordo com o anúncio da agência.
A agência emitiu um pedido em janeiro pedindo aos consumidores informações sobre taxas ocultas e excessivas de uma série de credores. Na semana passada, funcionários do CFPB indicaram que podem endurecer as regras que regem as taxas atrasadas cobradas pelas empresas de cartão de crédito, que a agência categorizou como outro tipo de taxa “lixo”.
‘Mão pesada’ para alguns, alívio bem-vindo para outros
A Câmara de Comércio dos EUA na terça-feira chamado A agenda de Chopra “orientada ideologicamente” e “ilegal”, criando “incertezas” que levariam as empresas financeiras a limitar hipotecas, empréstimos para automóveis e crédito pessoal aos consumidores.
Entre outras críticas, o grupo de comércio empresarial disse que o diretor do escritório “cunhou o termo ‘taxas de lixo’ como ‘fluxos de renda exploratórios’ em uma tentativa pesada de difamar produtos legais que têm termos bem divulgados”.
Leah Dempsey, acionista da empresa de lobby Brownstein Hyatt Farber Schreck e consultora da ACA International, um grupo comercial que representa cobradores de dívidas, questionou a legalidade das ações do CFPB na quarta-feira.
“Há precedentes judiciais em vários estados que contradizem as ações de hoje de um único diretor não eleito do CFPB”, disse Dempsey em um comunicado por escrito.
Mas alguns grupos de consumidores veem ações adicionais sobre as taxas de cobrança de dívidas como bem-vindas para aliviar os encargos financeiros das famílias em dificuldades.
“As pessoas nessas situações provavelmente são menos capazes de arcar com qualquer ônus adicional de custo” associado a dívidas que já tiveram problemas para pagar, de acordo com Bruce McClary, vice-presidente sênior de associação e comunicações da National Foundation for Credit Counseling, uma organização sem fins lucrativos oferecendo aconselhamento sobre dívidas aos consumidores.