Mulheres preferem trabalho remoto, mas temem ficar para trás na carreira
A volta ao trabalho presencial não é uma unanimidade. Pesquisa realizada pelo LinkedIn mostra que 30% das mulheres gostariam de aderir ao home office permanentemente.
Mas a maioria (43%) prefere fazer uma jornada híbrida, com a possibilidade de trabalhar parte do tempo de casa e a outra em algum espaço físico da empresa.
Por outro lado, a percepção das mulheres é que trabalhar de casa pode prejudicar suas carreiras. Para 53% das brasileiras, há um estigma negativo associado ao trabalho remoto e 56% têm receio do impacto negativo no seu desenvolvimento profissional.
Dentre os motivos, elas citam:
- menos tempo de interação com meu chefe e superiores (30%)
- mais difícil aprender com meus colegas e líderes (21%)
- trabalhar de casa implica em equilibrar cuidado com as crianças e outras distrações e isso pode afetar minha eficiência (20%)
- posso não ser promovida por trabalhar de casa (21%)
“Apesar de termos nos adaptado bem ao modelo remoto e, a grande maioria, desejar maior flexibilidade no futuro do trabalho, de fato há grandes chances de termos nossas carreiras impactadas pela falta de confiança ainda existente no mercado”, afirma Ana Claudia Plihal, executiva de Soluções de Talentos do LinkedIn.
Para atender às novas expectativas do futuro do trabalho, segundo ela, é preciso mudar essa cultura de que o colaborador terá uma melhor entrega estando no escritório.
“A pesquisa mostrou que 59% das entrevistadas acreditam que aqueles que trabalham mais tempo presencialmente serão favorecidos. Para mudar essa percepção, as empresas precisam criar relações de confiança com as suas colaboradoras, além de preparar seus líderes para desenvolverem estratégias que permitam com que elas alcancem seus objetivos, sem comprometer o desenvolvimento de carreira e a vivência da cultura corporativa”, finaliza.